- Publicado: 01/08/2023
- Por: UFRRJ (Universidade Rural do Rio de Janeiro)
RISCOS À SEGURANÇA EM ESPAÇOS CONFINADOS
“Os silos e os armazéns são construções indispensáveis ao armazenamento da produção agrícola e influem decisivamente na sua qualidade e preço. Entretanto, por sua dimensão e complexidade, podem ser fonte de vários e graves acidentes do trabalho. Por serem os silos locais fechados, enclausurados, perigosos e traiçoeiros, são conhecidos como espaços confinados e são objeto da NR33 - Espaços Confinados, da NBR 14.787 da ABNT e de alguns itens da NR 18 - Construção Civil do MTE.
Um dos mais devastadores acidentes que podem ocorrer nesses ambientes são as explosões. Essas explosões ocorrem frequentemente em instalações agrícolas ou industriais onde são processados:
a) farinhas = de trigo, milho, soja, cereais, etc.; e
b) particulados = açúcar, arroz, chá, cacau, couro, carvão, madeira, enxofre, magnésio, eletrometal (ligas), etc.
O milho é considerado um dos grãos mais voláteis e perigosos, embora toda poeira de grãos possa ser tida como MUITO PERIGOSA. Na Agricultura, existem ainda os chamados espaços confinados móveis: os tanques que são levados para o campo, onde são armazenados os agrotóxicos usados na lavoura; e os caminhões-tanque transportadores de combustível ou de água (carros-pipa).
Exemplos de espaços confinados que podem ser encontrados nas diversas atividades ligadas à agroindústria são: tonéis (de vinho/aguardente, p.ex.), reatores, colunas de destilação, vasos, cubas, tinas, misturadores, secadores, moinhos, depósitos e outros.
Um espaço confinado apresenta sérios riscos com danos à saúde, sequelas e morte. São riscos físicos, químicos, ergonômicos, biológicos e mecânicos e são uma triste realidade no Brasil inteiro.
Os principais riscos à segurança dos trabalhadores nos Silos e Armazéns Agrícolas são explosões, problemas ergonômicos, lesões do trato respiratório (poeiras) e do globo ocular, riscos físicos (ruído, iluminação, umidade, vibrações, etc.) e acidentes em geral (quedas, sufocamento, etc.)”
FONTE: UFRRJ (Universidade Rural do Rio de Janeiro)