• Publicado: 13/03/2024
• Por: Instituto Imersão

ERGONOMIA NO AMBIENTE DOMÉSTICO

Ergonomia, por si só, já é um assunto complexo quando a gente se refere exclusivamente ao ambiente de trabalho, agora imagine quando o cenário passa a ser dentro da nossa própria casa… 

Alcançar um alimento na despensa, ler um livro sentado na cama, assistir televisão, estudar. É na prática de pequenas ações no dia a dia que a ergonomia é colocada em xeque e sua desatenção pode representar danos bastante nocivos à saúde das pessoas. Estamos falando de problemas como dores musculares, de coluna, hipertensão arterial, cansaço físico, alterações de sono, tensão, ansiedade, além de muitos outros. 

Todo esse cenário, no entanto, pode ser evitado ou ao menos minimizado através de uma análise do ambiente e a adoção de cuidados especiais. Em geral, os pontos de atenção relacionados a acidentes domésticos podem ser categorizados por infantis, adultos e idosos, sendo que para cada faixa etária há uma série de riscos e situações particulares relacionadas à segurança física do envolvido. 

No ponto de vista ergonômico podemos citar pelo menos 3 situações de risco específicas e mais comuns: lombalgia associada à ação de movimentar ou arrastar móveis; tropeços e quedas, devido ao uso inadequado de escadas ou banquinhos, bem como a desorganização de fios, cabos ou tapetes soltos; além de queimaduras e acidentes de contato na cozinha, causados pela falta de atenção ou o uso inadequado de luvas (EPI).

A rotina intensa dos afazeres domésticos também faz com que, muitas vezes, atitudes consideradas ainda mais simples, impactem no conforto e qualidade de vida dos seus moradores. Assim, a repetição de posturas inadequadas, dia após dia, pode culminar em danos reais à saúde. 

Passar roupas, por exemplo, é uma tarefa bastante comum, certo? Mas será que é realizada de forma correta? A recomendação é aproximar a tábua ao corpo, regulando também a sua altura para que haja uma flexão de 90 graus do cotovelo e que seja evitada a flexão do tronco.

Na hora de limpar a casa, priorizar sempre vassouras e rodos com cabo longo ou extensor, novamente evitando a flexão excessiva do tronco. Para a limpeza de janelas ou móveis mais altos, utilizar uma escada adequada, de preferência com o suporte de uma outra pessoa, para evitar o trabalho com os braços erguidos, acima da linha da cabeça, que pode gerar desconforto e riscos, dependendo da duração e frequência dos movimentos. 

Justamente para evitar a necessidade de tentar alcançar objetos em locais mais altos, procurar organizar os armários de forma que os itens de uso mais frequente estejam disponíveis na altura média, ou melhor, entre a linha da cintura e dos ombros. Procurar também por eletrodomésticos considerados mais ergonômicos, como ferros de passar mais leves e aspiradores de pó com extensores que ajudam na limpeza de cortinas e locais mais altos. 

Ao cozinhar, mais um ponto de atenção: deve-se aproximar a panela de forma segura com os cabos laterais e evitar a elevação do braço.  E se a tarefa envolver o que pode ser um inofensivo carregamento de sacolas, recomenda-se dividir o peso em partes iguais e distribuir entre os dois braços para não sobrecarregar a musculatura.

A ciência da Ergonomia é um valioso instrumento de prevenção de doenças que deve ser amplamente conhecido pelos profissionais de saúde. Essa ciência merece nossa atenção e consciente aplicação em vários contextos da vida.