- Publicado: 13/07/2022
- Por: Instituto Imersão
O CORAÇÃO DA MULHER NO CLIMATÉRIO
“O Climatério não é o fim da vida. Nem doença. Mas não dá para negar que o corpo muda quando ele chega. Essa transformação começa a ser sentida cerca de cinco anos antes da menopausa de fato acontecer, que se confirma pelo período de 12 meses sem menstruar. A velocidade e a intensidade do processo são variáveis. Em média o climatério vai dos 45 aos 55 anos.
Até o início do climatério, o coração feminino tem uma proteção natural conferida pelo estrogênio. Quando o climatério começa, fase também conhecida como perimenopausa, o nível do hormônio cai drasticamente e a menstruação fica cada vez mais escassa. Nesse contexto uma conjuntura de mudanças aumenta significativamente o risco cardiovascular. Para piorar, ainda há um desconhecimento generalizado em relação às doenças cardíacas entre a ala feminina. O maior ponto de atenção é que, nelas, os sintomas e as características do quadro são distintas das manifestações clássicas – leia-se, dos homens. A falta de informação a respeito leva a mulher a procurar menos atendimento em caso de urgência e, quando chega lá, é comum ser mal diagnosticada e dispensada.
Mas, no geral , o que acontece com o coração durante o climatério é:
1 – Envelhecimento das artérias: Com a queda hormonal, os vasos sanguíneos se tornam menos flexíveis. Isso aumenta a pressão e dificulta a circulação sanguínea. O diagnóstico de hipertensão é mais comum, em especial nas mulheres negras;
2 – Colesterol e companhia: O hormônio também atua no metabolismo dos lipídios, então as taxas de colesterol LDL tendem a subir, mesmo sem outros fatores de risco. Alterações metabólicas podem elevar os níveis de triglicérides no sangue;
3 – Obstrução a caminho: Essas mudanças somadas ao ganho de peso, podem fazer com que placas de gordura nos vasos cresçam e se desestabilizem até impedir o fluxo sanguíneo num trecho do sistema circulatório. Perigo de infarto e AVC.”
Quando as alterações hormonais começam a surgir, é muito importante saber que o cardiologista torna-se tão importante quanto o ginecologista para a vida da mulher.
FONTE: Revista Veja Saúde n.480