A ENDOMETRIOSE
  • Publicado: 16/03/2022
  • Por: Instituto Imersão

A ENDOMETRIOSE

Endometriose “ provoca dores e pode levar à infertilidade. Foi alçada a problema de saúde pública, ainda que boa parte das mulheres desconheça seus sintomas. De acordo com a organização mundial de saúde (OMS) , 7 milhões de mulheres sofrem com essa doença inflamatória e crônica no Brasil (180 milhões no Globo). Somente em 2019, 11.790 precisaram ser internadas no país.”
“Não são poucas as mulheres que passam sufoco no período menstrual mas encaram a situação como algo normal e, pelo menos, temporário. E, assim, nem imaginam que por trás das cólicas e de outros desconfortos, pode existir alguma cosa mais séria. É o caso de um distúrbio que, além das dores, chega a provocar dificuldades para engravidar, a endometriose. Ela acontece quando o endométrio – camada que reveste o útero com a função de acolher o embrião e que, quando não há fecundação, descama e gera o fluxo da menstruação – vai aonde não é chamado, avançando sobre outras redondezas próximas ao útero. A doença pode comprometer os ovários, o intestino, a bexiga e o peritônio, a membrana que recobre as paredes dos órgãos digestivos. Por ser estimulado pelos hormônios femininos, o problema costuma dar sinal de vida justamente no período reprodutivo.
Os suplícios provocados pela enfermidade vão além do desconforto pélvico durante a menstruação. Calcula-se que 57% das mulheres tenham dores crônicas, ou seja, ficam 6 meses sem apresentar melhoras, 62% sofram com cólicas intensas e 55% apresentem queixas intestinais cíclicas. Fora isso, entre 30 e 50% dos casos levam à infertilidade.
Além da prevalência considerável, a doença interfere bastante na rotina e na qualidade de vida das mulheres. Muitas sofrem com dores incapacitantes que as obrigam a deixar de lado compromissos pessoais e profissionais – e ficam mal emocionalmente.”
“A Endometriose (CID10-N80) é considerada, inclusive, uma das principais causas de absenteísmo feminino. O principal estudo mundial já realizado sobre o tema, o EndoCost, aponta que mulheres que sofrem as dores da endometriose perdem até 11 horas semanais de trabalho e que 38% das mulheres que têm a condição apresentam maior perda de produtividade em comparação com aquelas que não têm.
Segundo o ginecologista Patrick Bellelis, especialista em endometriose, sem o tratamento adequado, a mulher pode ficar cada vez mais incapacitada de seguir com sua rotina. “Não é fácil conviver com a endometriose e nem sempre o diagnóstico é feito da forma certa. É uma condição que pode levar à incapacitação e que precisa de tratamento adequado e não necessariamente cirúrgico. Com o acompanhamento correto, é possível tornar os picos de dor bem menos intensos e, assim, a paciente não precisa abdicar de nada em sua rotina por conta dos desconfortos”.
Em 2021, O Senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) apresentou um projeto que isenta as mulheres com endometriose GRAVE do cumprimento do período de carência para a concessão de auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez (PL 546/2021).

Fontes: Revista Veja Saúde
https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/146706
Agência Senado https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/03/08/projeto-facilita-aposentadoria-e-auxilio-doenca-a-mulher-com-endometriose-grave
GAZETA DO POVO: https://www.gazetadopovo.com.br/viver-bem/saude-e-bem-estar/endometriose-doenca-incapacitante-inss/
https://artritereumatoide.blog.br/endometriose-x-trabalho-condicao-afeta-vida-profissional-da-mulher-e-e-uma-das-principais-causas-de-absenteismo/